terça-feira, março 29
Wuthering Heights [...]
Dizem que aqui o Sol nasce ao meio da manhã. Surge timidamente e demora-se pouco. Existe uma neblina constante, aqui no Pais de Gales, presa ao corpo, humida e de certa forma reconfortante. Como se ao final de tanto tempo perseguindo uma imagem real, que desse cor ao meu imaginario, finalmente a alcancasse. Agora consigo cheirar a humidade da terra, caminhar sobre prados verdes, que ocupam o nosso horizonte. Se fosse ousada, não renunciaria ao chá das cinco. Que mais posso dizer para além das meditacões literárias que viajar me inspira? Talvez dizer o obvio: viajar é uma imensa, tresloucada experiência antropologica. Aqui eu sou o outro, deslocado, num corpo que não se adapta à cor desta vila, à lingua que sai torpe dos meus labios. Um delirio.
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1 comentário:
Loirinha, e depois do delírio, que se passou?
Enoch
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