Já cheguei à conclusão que nunca faço aquilo que devo fazer e quando o faço raramente o faço na altura certa. Tal constatação resume a minha personalidade e se juntar a isso a inercia e a preguiça, descubro o meu rosto. A minha auto consciência dá-me pelo menos a liberdade de sublimar as minhas fraquezas e escrever sobre elas.
Acho que os meus 25 anos, ainda que pueris, me trouxeram a vantagem do «cansaço existencial», e com ele a hipótese de me rir de mim mesma. Sinto que já não tenho necessidade de agradar a ninguém, ou de ser simpática, ou atenciosa. Como se pudesse agora assumir a minha excentricidade e mandar os outros eloquentemente à merda.
Claro que o meu pessimismo é também circunstancial. É sobretudo circunstancial e nos dias em que a chuva cai, para logo em seguida dar lugar ao Sol, sinto-me quase em paz, como se uma espécie de bem-estar caisse sobre mim. Infelizmente esse caminho para o contentamento não se encontra ilustrado em nenhum mapa da vida, por isso resta-me esperar pelos momentos oportunos de felicidade e leveza.
domingo, janeiro 9
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1 comentário:
vc é como eu. as vezes tb me sinto e cansado, pois sou mto preguiçoso e tenho em mim um sentimento de inutilidade mto grande
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