segunda-feira, junho 7

As minhas mãos

Finjo que as marcas que encontro são tuas. Finjo que em determinado momento requisitas-te este mesmo livro e marcaste os versos que mais gostas. Como se esta ilusão te trouxesse de volta.

Uso-te para construir a minha memória. Fazes parte do meu itinerário imaginado. Fiz de ti aquilo que nunca foste. Amar-te-ei? Quem sabe?

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